Conheça mais sobre o gluten?

O que é o gluten?

O gluten é uma proteína presente nos grãos de alguns cereais Em concreto, encontramo-lo no endospermo, uma das partes que formam o grão de cereal, junto com o germen e o farelo.

Todos os cereais tem gluten? A resposta é não, de forma natural contem gluten o trigo, a cevada, o centeio e variedades híbridas como a espelta, o kamut e o triticale. No que respeita à aveia, pode estar presente em algumas variedades, assim se não podemos gluten deveremos assegurar-nos de que está certificada como “sem gluten”.

 

O gluten não é imprescindivel na dieta das pessoas, pelo que uma dieta isenta deste não influi na qualidade da mesma. Por exemplo, o arroz, o milho, a quinoa, ou o trigo sarraceno fornecem-nos hidratos de carbono e podem ajudar-nos a cumprir com as recomendações de consumo deste tipo de alimentos.

Gluten e celiaquía

Em pessoas genéticamente predispostas, o gluten pode provocar celiaquía. Este é um trastorno multisistémico com base auto-imune de carácter crónico. E o que significa isto?

Grupo-137@2x

Multisistémico

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Auto-imune

Precisamente, a intervenção do sistema imunitário é uma daas grandes características que a diferenciam das intolerancias alimentares, nas quais não se desencadeiam este tipo de reacções.ones.

Celiaquía: sintomas, diagnóstico y tratamiento

A celiaquía provoca diversos sintomas, tanto digestivos como extra-digestivos, que se apresentam de forma muito variável em função de cada pessoa. Algumas pessoas são assintomáticas, ou seja, não manifestam nenhum sintoma. Outras podem apresentar diarreia, dor abdominal, cefaleia, prisão de ventre, alem de de má nutrição, anemia ferropénica, distensão abdominal ou aftas orais, entre outros.

Em primeiro lugar, para poder diagnosticá-la correctamente, é importante não adoptar uma dieta isenta de gluten antes de realizar os testes. Se o fizermos, podemos provocar diagnósticos pouco fiáveis ou falsos negativo.

O primeiro teste a realizar é uma análise ao sangue onde se procuram altos níveis de uns anticorpos específicos.
Esta teste não é definitivo, Seja positivo ou negativo e, portanto, dever-se-á realizar uma biopsia do intestino delgado.

A biopsia do intestino delgado: é a prova definitiva que nos permite diagnosticar definitivamente a enfermidade.

Entre estas duas provas, encontramos os testes genéticos nos quais se buscam uns genes concretos, os HLA-DQ2 e HLA-DQ8.

O primeiro está presente em 90% das pessoas diagnosticadas enquantos as restantes são portadoras do segundo.

Estes testes são especialmente úteis, por exemplo, quando se suspeita que uma pessoa é celíaca mas, a análise de sangue é negativa.

Além disso, um resultado negativo neste tipo de provas pode ser efectivo para descartar a enfermidade celíaca.

Por outro lado, um positivo indica-nos que a pessoa pode ser susceptível a desenvolver a doença ainda que, somente aconteça em 1 de cada 30 pessoas com estes genes.

 

O tratamento da enfermidade celíaca é uma dieta isenta de gluten para toda a vida. Se seguimos esta dieta, as vilosidades do intestino recuperam de forma gradual. Por isso, a adesão à dieta sem gluten é fundamental. A ingestão de pequenas quantidades de gluten, acidentalmente ou não, implica um retrocesso na recuperação e pode provocar complicações.

Excluir o gluten quer dizer que, não somente devemos evitar os alimentos que o contem como deveremos ter o cuidado de evitar a contaminação cruzada em casa. Por exemplo, os restos, em forma de migalhas, em utensílios ou superfícies da cozinha. Se quiser saber mais sobre a contaminação cruzada e como identificar os alimentos sem gluten, pode consultar o nosso apartado “Vida sem Gluten“.

Sensibilidade ao gluten e transtornos relacionados com o gluten

Algumas pessoas podem apresentar dificuldades com a ingestão de gluten mas, sem ser celíacas.

A sensibilidade ao gluten/trigo não celíaco diagnostica-se naquelas pessoas nas quais se descartou a celiaquía ou a alergia a cereais que contem gluten mas que os seus sintomas melhoram ao retirar o gluten.

Estas pessoas não apresentam atrofia das vilosidades, anticorpos nem costumam ser portadoras dos genes implicados na celiaquía.

Ao dia de hoje, continua-se a investigar sobre o desencadeante desta patologia já que, ainda que situando o gluten no ponto de mira, investiga-se se outras proteinas ou, inclusivé, carbo-hidratos poderiam ser os verdadeiros causadores.

Os sintomas são similares aos da enfermidade celíaca, pelo que podem apresentar-se sintomas gastro-intestinais (inchaços, diarreia, prisão de ventre, dor abdominal, etc.) e extra-intestinais (fadiga, cefaleia, eczemas, anemia, etc.).

Tem uma maior prevalencia que a celiaquía já que que se estima que possa afectar entre 5 a 10% da população enquanto que a celiaquía, afecta 1% da população a nivel europeu.

Se, uma vez descartadas a celiaquía e a alergia aos cereais, a pessoa melhora com uma dieta sem gluten e, estes sintomas voltam quando se volta a consumir gluten, diagnostica-se uma sensibilidade ao gluten não celíaca.

E, portanto, o tratamento será uma dieta sem gluten durante toda a vida.

 

A alergia aos cereais é uma reacção exagerada do organismo ante um cereal específico.

Desencadeia uma resposta do sistema imunitário fazendo com que, o nosso corpo reaja negativamente ante o alérgeno de forma errónea.

A alergia à cevada, à aveia ou ao arroz podem ocorrer a qualquer idade ainda que, a última é 6 vezes mais frequente em adultos. Enquanto ao trigo, costuma ser frequente em países como a Espanha ou Grã-Bretanha.
Esta alergia pode desencadear sintomas como diarreia, náuseas ou vómitos, além de sintomas na boca, garganta e pele como comichão ou inchaço.

Em casos graves, pode desencadear em anafilaxia que se manifesta em: dificuldade para respirar, dor no peito, palpitações, ardor de garganta, dificuldade em engolir, baixa da tensão arterial, pulso débil, arritmia e perda de conhecimento. Se ocorrem os últimos 4 sintomas, falamos de um choque anafiláctico.

Neste caso, o tratamento continua a ser uma dieta isenta do alérgeno em questão.

 

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